A fim de discutir a pertinência e o formato desejável da iniciativa Grandes Obras na Amazônia, um primeiro passo envolveu consultas e entrevistas com diversas partes interessadas. Foram realizadas duas reuniões de, em Brasília, com mais de 50 participantes, além de 61 entrevistas.
Ao longo dos 18 meses de desenvolvimento da iniciativa, seis grupos de trabalho temáticos reuniram-se com a missão de compartilhar conhecimento e elaborar propostas. Foram 22 encontros presenciais com representantes de governos, movimentos sociais, lideranças comunitárias, ONGs, instituições financeiras e de pesquisa, e setor empresarial, totalizando 339 pessoas e 137 instituições. As reuniões aconteceram entre 2015 e 2016 em Belém, Brasília e São Paulo.
Com o objetivo de colher aprendizados sobre desenvolvimento territorial, capacidades institucionais e ordenamento territorial no contexto da UHE Belo Monte, a iniciativa promoveu, em parceria com a Universidade Federal do Pará – UFPA, um encontro de lideranças em Altamira (PA), em maio de 2016. Durantes os dois dias de seminário, o debate foi permeado pela importância do planejamento e do fortalecimento do tecido social.
A proteção aos direitos de povos indígenas e populações tradicionais, bem como o tema de planejamento e ordenamento territorial foram objeto de seminários específicos. Em Brasília, durante três dias do mês de agosto, lideranças indígenas, quilombolas e tradicionais, representantes do poder público, da academia e do setor financeiro produziram um apanhado de possíveis diretrizes. Já em Belém, a convite do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA, um grupo também diverso aprofundou, em outubro, a os desafios da articulação e da governança territorial.
Reunindo mais de 80 pessoas, incluindo representantes dos seis grupos de trabalho, além de dezenas de novos participantes, o encontro em Belém em agosto de 2016 possibilitou o compartilhamento do acúmulo das discussões e colheita de ideias quanto a desafios ainda por aprofundar. Foi um momento de visão panorâmica das diferentes frentes de trabalho, bem como pactuação coletiva das estratégias para o futuro da iniciativa.
Ao longo de todo o percurso, a equipe do GVces e parceiros líderes dos grupos temáticos produziram documentos de pesquisa que embasaram os trabalhos, além de relatos de todas as reuniões e atividades da iniciativa e resumos periódicos que consolidaram o acúmulo das discussões em cada tema.